Diário de um Louco
O que já se disse:
“Na montagem há duas coisas fundamentais: a correspondência orgânica entre os vários elementos da cena e a atuação comovente do intérprete. A direção encontra a medida exata entre o rigor formal e delicadeza. Faz acontecer um diálogo fluente entre as narrativas muito próprias da cenografia, da iluminação e da instigante trilha sonora. Explorador dessa arquitetura, André Morais tira do texto de Gogól, com empenho raro, acordes de amor e calado desespero”.
Kil Abreu, mestre em artes, crítico-colaborador da revista Bravo!, jurado dos prêmios Shell e APCA de teatro.
“André e Jorge conseguem conduzir o público a um universo cheio de estranhezas e familiaridades. O Diário nos obriga a olhar para dentro, a despistar nossas vistas daquilo que não queremos assumir ou reconhecer em nós mesmos. Trata-te de um teatro pulsante, vivo, visceral e reconfortante. Essa é uma daquelas peças que acontecem de tempos em tempos para recuperar nossa fé na arte.”.
Léo Nolasco, doutorando em dramaturgia teatral, ator e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
“Ver o André em cena é vê-lo em sua casa. A tranqüilidade em cena esconde sua juventude, representando este Gogol com toda a dignidade que o texto exige, responsabilidade também dividida pela mão cuidadosa da direção de Jorge Bweres, dividida com o ator. O palco gosta de André, e assim fica impossível não gostarmos também”.
Fernando Yamamoto, diretor do grupo de teatro Clowns de Shakespeare.
“É um belíssimo espetáculo, essencialmente humanista, em que o ator se revela completamente. E é uma dor de todos nós, funcionários públicos. É também fisiológico porque o ator saliva e encara o público numa cumplicidade, repartidos no mesmo sentimento, o drama de sermos/vivermos equilibrados ou não na corda bamba da existência”.
Regina Castro, Professora de Arte Educação.
Sinopse
Espetáculo solo do ator André Morais expõe as confidências de um homem comum que encontra na loucura a tentativa de superar sua medíocre existência.
Baseado no conto russo do escritor Nicolai Gogol, o espetáculo conta as desventuras de um funcionário público desesperado de paixão pela filha do chefe que cria que para si um trono e uma coroa na tentativa de superar a medíocre existência. Toda a peça é narrada por esse personagem, que em nossa montagem é anônimo. Os questionamentos sobre a burocracia, o funcionalismo público e o poder, vistos pela ótica do mais frágil, o que ambiciona tanto ser alguém, e assim conquistar Sophie, a filha do seu chefe, que seria o símbolo de sua felicidade e sucesso social. Com a decepção de ser visto ridiculamente por sua amada, ele embarca em uma realidade paralela e a partir de uma nota de jornal acredita ser o novo Rei da Espanha. Ele governa o país, manda e desmanda em seus súditos, acredita conquistar o mais breve Sophie e ter assim o que tanto almeja. Só que em verdade ele foi internado em um hospício, seus súditos são internos e ele sofre fortes torturas e humilhações. No fim, sua única saída é refugiar-se na loucura.
Saiba mais
Premiações
- Espetáculo selecionado para o Projeto Palco Giratório – SESC. 60 apresentações em todas as regiões do país.
- 13º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga. Melhor Espetáculo (júri oficial) Melhor Ator (André Morais) Melhor Música (Compomus/UFPB) Indicações: Melhor Direção, Iluminação e Cenário.
- Festival Nacional de Teatro em Guaçuí – ES. Melhor Espetáculo do Festival- Fundação Carla Augusta Melhor Direção (André Morais e Jorge Bweres) Melhor Ator (André Morais) Melhor Iluminação (Jorge Bweres) Melhor Cenografia (André Morais) Melhor Música (COMPUMUS/UFPB)
- – Festival Nacional de Teatro de Salvador-BA – Mostra Sesc Cariri, Crato-CE – Festival Nacional de Teatro de Canela-RS, Espetáculo convidado. – Projeto Balaio Teatral, Natal-RN, Espetáculo convidado. – Projeto Ato Compacto- BNB. Fortaleza-CE, Espetáculo Convidado – 30º Festival de Inverno de Campina Grande- PB, Mostra Nacional de Teatro. – 11º Fenart, Festival Nacional de Artes- João Pessoa – PB, Mostra Nacional de Teatro.